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31
Dez11

O que há de comum entre 1580 e 2011

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Termina hoje o ano que não deixa saudades, qual annus horribilis...

Desde 1640, ano da restauração da independência de Portugal, o país sempre foi governado por portugueses, não me ocupando agora de avaliar essa governação. A independência perdeu-se novamente em 2011. Não se tenham dúvidas sobre este facto.

Se em 1580 passou a governar em Portugal o rei de Espanha - Filipe II de Espanha, I de Portugal - em 2011 passaram a governar três instituições estrangeiras - FMI, BCE, UE - delegando as funções de decisores numa troika da sua confiança, restando aos portugueses empossados como governo o papel de regentes - a troika decide (sobre todas as áreas da vida nacional) e os regentes executam!

E os portugueses, por enquanto assistem... Para quando o nosso "1640"?

29
Dez11

O centenário de Manuel da Fonseca e Alves Redol

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Neste final de 2011, assinalo aqui o centenário do nascimento de duas figuras marcantes da cultura portuguesa: Manuel da Fonseca e Alves Redol. Ambos autores de uma obra literária brilhante. Ambos assumiram uma total identificação com o povo trabalhador - tão belamente retratado nos seus livros. Ambos assumiram uma intervenção de luta na defesa dos ideais mais nobres da liberdade, da justiça social, da paz.
"Manuel da Fonseca assume a frontalidade do combate terreno, nesse chão dos homens, do humano, das injustiças e misérias que os assolam (miséria que ele, também, contemplou ao natural) para nos dar a ler uma paisagem polvilhada de personagens  raras e incontornáveis..."
Do texto de Domingos Lobo, publicado na Vértice Jan-Fev 2010.
Alves Redol "ousou abordar temas considerados malditos, que soube colocar a sua obra ao serviço da intervenção social ao escrever não sobre os mais pobres mas para os mais pobres..."
Citação de Urbano Tavares Rodrigues, por Joana Emídio Marques, no DN de 28-12-11

26
Dez11

26 de Dezembro

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Este ano resolvi não saudar ninguém por ocasião do natal, excepção em dois casos (que não são para aqui chamados). Cumpri a tradição: não fui à missa nem adorei o "menino". Reuni - à mesa - com a família e alguns amigos, comemos o que é habitual nesta época. Confraternizamos, recordamos os natais das nossas infâncias, reflectimos sobre a realidade social, sobre a hipocrisia das mensagens oficiais enviadas aos portugueses, por certos figurões e cerca da meia noite de ontem, acompanhei a minha neta à urgência do hospital, por causa de uma amigdalite.

10
Dez11

O que é a Alma?

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Haverá alguém que me possa esclarecer sobre a pergunto que formulo?

É costume dizer-se que a Alma dos bons vai para o céu e a dos maus para o Inferno (mas, quanto a isto também nunca entendi quem é que decide o destino das Almas. Segundo essa teoria, Deus manda no Céu e Satanás no Inferno. Ora se nem um nem outro aceita determinadas almas, para onde vão elas? Haverá algum órgão independente com poderes para decidir/impor a uma das partes?)

Ainda, relativamente à questão o que é a Alma? interrogo-me sobre que aspecto terá e  que forma, redonda, quadrada, retangular? E em que parte do corpo está?

Uma coisa é certa: até hoje nenhum cirurgião, ao operar os seus pacientes, afirmou ter visto a Alma...

 

 

Sobre esta questão, recebi duas mensagens por correio electrónico, que me atrevo a divulgar aqui.

 

 

Do meu amigo Padre Mário, da Lixa:

 

Experimente escrever /dizer Identidade pessoal única e irrepetível, em vez de Alma e, se calhar, já fica mais próxima, próximo do Mistério que Somos todos e cada um de nós. Mistério = Realidade que se dá a conhecer, à medida que crescemos de dentro para fora e, nessa mesma medida, se faz Práticas Económicas e Políticas Maiêuticas entre os demais e com os demais. O meu abraço. Padre Mário

 

Do meu amigo José Custódio:

 

cada igreja,religião seita ou culto caracteriza a alma conforme as suas tradições culturais,costumes ou interesses próprios.Desta forma não há uma generalização da alma,sendo antes entendida por cada um conforme a influência que recebe da cultura religiosa em que nasce ou vive.por ser sempre  considerada um meio caminho entre o homem e Deus, a alma só existe para os crentes, creio eu.

01
Dez11

Barradas de Carvalho - uma releitura

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"Como, com razão, diziam há um século Luís XIV e D. João V o Estado sou eu com razão diz hoje o mesmo de si a classe média. Virá um dia em que o predomínio desta classe se converta em violência e opressão, soando para ela a sua hora de morrer, quando a ideia geradora do progresso presente se corrompa e envelheça nas suas mãos. Que grande pensamento social surgirá então? Não o sei; nem me importo, porque  já não estarei neste mundo."

 

A propósito de Alexandre Herculano - de que foram recentemente comemorados os 200 anos do seu nascimento - socorri-me da obra da história- crónica à história-ciência, de Joaquim Barradas de Carvalho. Trata-se de um livro da Colecção Horizonte publicado em 1972.

Resolvi voltar a ler, 39 anos depois! Valeu a pena "mergulhar" nestas 137 páginas repletas de inteligência e saber - um trabalho notável do saudoso mestre Barradas de Carvalho.

 

O texto acima transcrito é de Alexandre Herculano, foi retirado da obra citada de Barradas de Carvalho, onde  o seu autor é referido como "o primeiro historiador português"

 

 

 

 

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