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28
Jan15

Auschwitz: Nunca Mais!

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O que hoje se passa na Ucrânia (o apoio americano aos nazi-fascistas que operam com todo o descaramento) provoca alguma perplexidade. Mas, desiludam-se aqueles que supõem tratar-se esta postura cega do poder americano, de um episódio passageiro, de um um equívoco. Em 1945, ainda a besta nazi estava quente e logo os americanos, bem apoiados por diligentes governantes europeus, lançaram mãos à obra para "salvar" cérebros do nazismo - leia-se proteger - e pô-los ao seu serviço! Atente-se na sua "Operação Paperplic", no quadro da qual colocaram ao seu serviço muitos especialistas do regime nazi (terão sido cerca de 2.000) entre os quais Werner von Braun que havia assumido a direcção de um programa militar germânico encarregado da temática dos foguetes.

Entretanto, ontem, dia dos 70 anos da libertação dos prisioneiros de Auschwitz, não faltaram "notícias", daquelas cuja função é formatar as mentes, deturpando, escondendo, mentindo, reescrevendo  ardilosamente a história. No canal público de televisão, só faltou mesmo o sujeito das piscadelas de olho (será que ainda anda pelo Pireu de Atenas?). Ele foi a Márcia a falar-nos do majestoso Pentágono, ele foi a Adília em Jerusalém, ele foi a Sandra no "terreno". Depois as referências à libertação dos prisioneiros pelos "aliados" (forma subtil de omitir a epopeia do Exército Vermelho Soviético e dar uns bónus aos tais aliados), referências à presença da excelsa figura do nazi-fascista ucraniano Poroschenko, ao mesmo tempo que se assinalava a ausência de Putin!

26
Jan15

O Império, a Insolência, a Ruína!

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paqul craig.jpg

O nível de corrupção e manipulação que caracteriza a economia e a política externa dos Estados Unidos  de hoje era impossível em outros tempos, quando a ambição de Washington era constrangida pela União Soviética. A ganância pelo poder hegemónico tornou Washington o governo mais corrupto do Planeta. A consequência disto tudo é a ruína. " A liderança passa a império. O império gera insolência. A insolência traz a ruína." O futuro dos Estados Unidos é a ruína.

Paul Craig Roberts

19
Jan15

Canções tradicionais portuguesas

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Sizirão, sizirão

sizirão, meu lindo bem!

Vai-se o meu amor embora,

deixá-lo que logo vem.

 

Deixá-lo que logo vem

nas manhãs de São João,

vai-se o meu amor embora

e eu fico na solidão.

Ora aqui está uma canção tradicional originária da minha região natal - Serra do Monfurado, Escoural - certamente uma das modas que era cantada nas mondas, na ceifa, na apanha da azeitona. Mas que eu não me lembro de alguma vez ter escutado. É, provavelmente, uma moda de um período mais antigo, que deixou de ser cantada. Será? Na verdade já indaguei junto de alguns conterrâneos e também não conhecem. Esta canção foi recriada por Fernando Lopes-Graça em 11 Glosas (sobre Canções Tradicionais Portuguesas), sendo a terceira peça interpretada por Filipe Pinto no vídeo abaixo.

 

 

 

 

16
Jan15

Hoje é dia de suplício para Raif Badawi

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raif badawi.jpg

O regime do "Charlie" rei da Arábia Saudita condenou este jovem bloguer a 10 (DEZ) anos de prisão e a 1000 (MIL) chicotadas na praça pública a aplicar em doses semanais de 50 (CINQUENTA) a cada sexta feira. Hoje é sexta feira, logo dia em que será (ou já foi) aplicada a segunda dose. Simplesmente repugnante!

O crime de Raif foi expressar as suas opiniões sobre o islão, não coincidentes com a verdade oficial do reino, portanto, pura e simplesmente proibido.

Abaixo o rei saudita!

 

15
Jan15

Orientalismo

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orientalismo_0595352001293646249.png

Estou a ler Orientalismo, de Edward Said. Estou a considerar estimulante este exercício de leitura. Leitura que me impõe muita concentração para apreender o pensamento do autor. Na verdade esta é a minha forma de ler, qualquer que seja a matéria. Esta obra constitui um aprofundado trabalho da responsabilidade de um académico, que, não só nos apresenta brilhantemente uma fluência de escrita, os seus raciocínios e conceitos, como "penetra" nas obras de uma infinidade de autores orientalistas das várias épocas, sempre partindo de uma apreciação crítica, e apresenta-nos as teses destes.

Um dos objectivos do autor é deixar claro que, através dos tempos, o pensamento dos orientalistas foi, regra geral, substrato do colonialismo do Ocidente " "humano" e "civilizado" (Espero conseguir mostrar a enorme estrutura de domínio cultural e, especificamente para os povos inicialmente colonizados, os perigos e tentações que o emprego desta estrutura comporta para si próprios e para os outros).  Decorrias algumas décadas do seu lançamento, a obra permanece actual.

Said é um oriental (palestiniano) que foi educado no lado ocidental do mundo (EUA), um professor universitário prestigiado e respeitado, que nem por isso deixou de sentir a diferença, já que sempre assumiu a sua militância palestiniana. Afinal, sempre foi visto como o "outro" (o estorvo, nas suas palavras) embora reconheça que: Apesar de todos os defeitos e problemas, já muitas vezes apontados, a universidade americana ainda permanece um dos poucos lugares dos Estados Unidos onde a reflexão e o estudo podem ter lugar de um modo quase utópico.

Antes de "entrar" neste livro, conhecia apenas vagamente a personalidade de Edward Said, concretamente, o seu empenhamento na causa palestiniana e o empreendimento que levou a cabo com o maestro Daniel Barenboim (judeu) no domínio da música: a criação da Orquestra do Divan Leste Oeste, um projecto de Paz em que a música é o pretexto para juntar árabes e judeus, já com mais de uma dezena de anos de existência e prosseguido pelo maestro após a morte de Said.

 

14
Jan15

Pedro Tadeu: um jornalista lúcido e corajoso!

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Pedro Tadeu.jpg

Defendem o direito de publicar um cartoon de Maomé nu genitais à mostra, rabo espetado com uma estrela no cu mas convivem com a lei que promete três anos de cadeia a quem injurie o Presidente da República. Gritam pela liberdade de imprensa mas só reconhecem o direito de ser jornalista a quem o Estado e a elite da classe aceitem passar um cartão profissional. São cúmplices por inação da opacidade informativa do governo da Comissão Europeia das autarquias da justiça dos bancos das grandes empresas dos clubes dos falsos ricos de uma hipócrita e ideológicanoção de reserva da vida privada utilizada como álibi para
não dar notícias. Praticam no jornalismo a auto censura de ética falsa, serventuária do poder, e depois ficam espantados quando o New York Times recusa publicar os cartoonsde Maomé e põe na primeira página a mesma foto escolhida pelo tabloide Correio da Manhã o momento em que um terrorista dispara para matar um polícia caído no chão. E não param para refletir seriamente sobre os seus próprios critérios profissionais sobre as doenças do jornalismo de causas sobre a frieza em momentos de frenesim. Choram pelos cartoonistas assassinados do Charlie Hebdo, chamam herói ao diretor assassinado Stéphane Charbonnie, apoiante do Partido Comunista Francês, antigo colaborador do jornal do PCF, o LHumanité. Algumas pessoas
que agora o glorificam defendem, em Portuga, que quem escreva no jornal comunista Avante não possa ser jornalista. Chamaram "republicana" à marcha de Paris e viram, sem pestaneja, na primeira fila de dignitários o
primeiro ministro damonarquia inglesa, o rei da Jordânia, vários líderes que perseguem jornalistas e outros suspeitos de violação de direitos humanos Placidamente noticiam que o cristão Breivik, assassino de 77 jo
vens noruegueses, na cadeia onde cumpre 21 anos de pena, exige que lhe troquem a PlayStation 2 pela 3. Escrevem no Facebook pela liberdade mastentam impor a censura prévia aos comentários de leitores nos sites de jornais Estupidamente não se ralam por esses insultos serem escritos anonimamente E, já agora, aceitam resignados que José Sócrates seja proibido de dar entrevistas. O meu coração também sangra pelos mortos do Charlie Hebdo. Adorava ter estado namanifestação de Paris. O que escrevi aqui não é sobre terrorismo, é sobre as contradições insanáveis do jornalismo no meu país que o belo movimento de solidariedade, tragicamente nascido na quarta feira, agudamente expõe ao confrontar-se com a prática dos dias vulgares. Lamento mas recuso ser boi de algumas manadas.

Chama-se a isto: PÔR O DEDO NA FERIDA!

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