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31
Mar15

"Curto e Grosso"

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Na Casa da Cultura, Setúbal, está patente uma exposição de ilustrações eróticas de Paulo Curto Baptista, titulada "Curto e Grosso". Desta mostra rezam as referências que o autor se inspirou no poeta Bocage, e mais precisamente na sua veia libertina.

"Curto e Grosso" é o título adequado, se atendermos à temática das imagens expostas, chocantes para algumas almas mais puritanas.

Gostei. E recomendo.

curtoegrosso4.png

curtoegrosso6.png

 

 

29
Mar15

Calçada de Carriche

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Já ouvi Odete Santos declamar inúmeros poemas. É sempre um prazer. Esta Calçada de Carriche, de António Gedeão, é emblemática da "carreira" da Odete, ouvi-a em diferentes ocasiões, para diferentes audiências e em diferentes circunstâncias. É simplesmente sublime. É acompanhada ao piano pelo maestro Rui Serôdio. Um vídeo de Simões da Silva.

 

26
Mar15

Balada do fumo negro

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diaslourencodr.jpg

 Balada do fumo negro

 

Eu te saúdo, ó fumo negro das fábricas

Eu te saúdo!

Aí onde maculas o azul

Onde rolas ao sabor da ventania,

Há homens que o carvão tingiu de negro

Homens verdes, brancos, amarelos

Homens cor do cimento e da ferrugem,

Homens sem raça!

Homens sem cor!

Eu te saúdo, ó fumo negro das fábricas!

Tu que és negro resíduo

Desse estupendo cadinho

Onde se fundem tragédias.

Eu te saúdo, ò fumo negro das fábricas!

Nessa raça de homens que não têm raça,

Nessa raça de homens que não têm cor.

Eu te saúdo

Pelos rostos banhados de suor,

Verdes, brancos, amarelos,

Cor do cimento e da ferrugem

Que o carvão risca de negro.

 

António Dias Lourenço, um Grande cidadão português, de quem se assinala presentemente o centenário do seu nascimento.

25
Mar15

Os poetas não morrem?

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herberto_helder.jpg

Os poetas não morrem. Dizem algumas pessoas. Contudo, como qualquer ser vivente, os poetas morrem mesmo! O que diferencia a morte dos poetas da morte do chamado homem comum, que o mesmo é dizer mulher comum, é a Obra deixada, os seus poemas, marca indelével da sua passagem pela vida. Marca que vai continuar a ser lembrada, celebrada através dos tempos, porque Obra relevante. Já outros poetas que fizeram obra, todavia irrelevante, morrem e ninguém mais se vai lembrar deles. O que não morre após a morte física de um autor é a sua Obra.

Vem isto a propósito do finamento de Herberto Helder, aos 84 anos, um poeta maior da língua portuguesa, que usava a palavra como poucos o conseguem fazer. Um génio que nos deixou. Ontem foi lembrado por todos os seus amigos e admiradores. Junto-me hoje aos seus admiradores.

Quanto àquela máxima, os poetas não morrem, claro que percebo a metáfora.

Um poema cresce inseguramenteO

na confusão da carne,

sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,

talvez como sangue

ou sombra de sangue pelos canais do ser.

 

Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência

ou os bagos de uva de onde nascem

as raízes minúsculas do sol.

Fora, os corpos genuínos e inalteráveis

do nosso amor

os rios, a grande paz exterior das coisas,

as folhas dormindo o silêncio,

as sementes à beira do vento,

- a hora teatral da pose.

E o poema cresce tomando tudo em seu regaço

 

E já nenhum poder destrói o poema.

Insustentável, único,

invade as órbitas, a face amorfa das paredes,

a miséria dos minutos,

a força sustida das coisas,

a redonda e livre harmonia das coisas.

Herberto, por F.Campos.PNG

 

23
Mar15

A mãe natureza em todo o seu explendor!

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A maior flor.jpg

Será a maior e mais pesada flor existente na terra. Amorphophalus titanum (araceae). Descoberta na Sumatra 1878 pelo botânico Odoardo Becari. Raramente floresce e quando tal acontece não dura mais de três dias. Já foi identificada uma florescência que atingiu 2,74 metros. Existe actualmente em vários continentes, em jardins botânicos.

flor rara.jpg

 

21
Mar15

Em 2015 não há FESTROIA!

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30º. festroia.jpg

O Festival Internacional de Cinema de Tróia, cuja primeira edição teve lugar em Tróia em 1985, 30 anos depois, devido a constrangimentos financeiros não se realizará. Lamentavelmente, para 2015, não obstante a dona Maria Luís Albuquerque ter os cofres cheios, o governo não assegurou os apoios financeiros indispensáveis ao FESTROIA. Perde a cultura. Perde o cinema. Perdem os cinéfilos em geral.

De indiscutível prestígio nacional e internacional. o FESTROIA, cujas edições desde 1995 decorrem na cidade de Setúbal, constitui o mais importante acontecimento cultural da nossa cidade, quiçá do nosso distrito. No FESTROIA participaram e foram homenageadas destacadas figuras da cinematografia mundial, foi o caso de Kirk Douglas, Robert Mitchum, Alberto Sordi, Paulo Branco, Lauren Bacall, José António Berden, Francesco Rossi, Mickey Rooney, Pedro Almodovar, etc.

Nem sequer a crise pode ser invocada para "matarem" o FESTROIA. A questão é outra - a vertente anti-cultura e obscurantista que prevalece nos palácios do poder neoliberal. Quanto aos milhares de milhões que enchem os cofres da dona Maria, já tem outros destinos, nomeadamente ficarem disponíveis para "salvar" qualquer outro banco que venha a dar o berro...

29º festroi - 2.png

 

27º festroia.jpg

 

 

 

20
Mar15

Os EUA nunca desistiram de ter a América Latina como seu quintal

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perez_esquivel.jpg

Eu espero que os povos  estejam conscientes e não permitam que nos transformem em colónia dos EUA...Washington irá defender os seus interesses na região e não lhe interessam os meios a serem utilizados para isso. Deste modo os EUA, não buscam, com suas acções,defender os povos, mas dominá-los. O intervencionismo estado-unidense na América Latina é histórico, todo o governo opositor ou que tenha certa independência é atacado pelos EUA e não se pode esquecer que este país é responsável por impor ditaduras militares em todo o continente.

Palavras de Adolfo Perez Esquível, Prémio Nobel da Paz (que, com toda a certeza, não se orgulhará de ter por "colega" Nobel o senhor obama...)

19
Mar15

A Lista...

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A lista. A lista é mais uma do desgoverno de passos/portas/cavaco, que se comporta como dono da coutada - Portugal é a sua coutada! É da lista vip que falo. Em 24 horas já lá vão duas demissões por causa da lista, primeiro do director-geral da autoridade aduaneira e fiscal e depois do sub-director da justiça tributária. O primeiro ministro começou por negar a existência da tal lista de protegidos, e, afinal a lista existe mesmo. A quem assim procede costuma chamar-se de mentiroso, não é? Portanto, temos um primeiro ministro mentiroso. Que dirá a seguir, não se sabe, por enquanto. Quanto ao cavaco presidente, certamente voltará a afirmar que o caso da lista é luta pré-eleitoral, blá-blá-blá.

Com a lista, lamaçal cada vez se adensa mais!

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