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28
Jun15

As Raposas

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As Raposas, de Lillian Hellman. Uma produção do Teatro Aberto. Fui ver hoje à tarde. É interessante assistir a um espectáculo, com uma sala cheia de público. Sempre esse facto me interessou. Fico desolado quando estou numa sala com "meia dúzia de gatos" a assistir.. Seja Teatro, seja Cinema, seja Música. Isso incomoda-me. E a sala cheia é, seguramente, reconfortante para os actores, para os técnicos, para o encenador. Para todos os obreiros de uma realização artística.

As Raposas (peça de 1939 com tensão e humor subtil em perfeito equilíbrio), para além de uma trama bem urdida pela autora e perfeitamente adaptada para o nosso tempo, conta com interpretações competentes. Cada interveniente em palco mostra desenvoltura, quer nos movimentos quer nas falas, com  momentos altos de representação. Uma cenografia bela, de um vermelho e de um negro espantosos, em que que a paisagem verde e a chuva, no exterior, sublinham a dominante vermelho negro.

Foi uma récita magnífica. Parabéns Teatro Aberto.

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27
Jun15

Para nove negros assassinados não houve o tal "Eu sou..."!

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Mas não prossigamos sem um ponto prévio à mesa: foram assassinadas nove pessoas, numa igreja, por razões políticas, levando a cabo, com frieza e precisão, um plano arquitectado durante meses e quase ninguém chama a isto terrorismo. Não há concentrações de lideres nas ruas de Charleston nem capas de jornais onde se leia a parangona "Eu sou Emanuel". Não se levantam paladinos da liberdade, do estilo de vida ocidental, nem (neste caso) do cristianismo. Para a comunicação social dominante, o "terrorismo" tem uma singular exclusividade de autor que não autoriza, por exemplo, a extrema-direita, o fascismo ou o racismo. Para esses casos, recorremos então à patologização da violência: diz-se "era maluco!" e encolhe-se os ombros. Mas afinal, por que razão Djokar Samaev, que, alegadamente matou duas pessoas na maratona de Boston é terrorista, mas Dylan Roof, que matou nove negros, não? A resposta é porque a burguesia dos EUA não se sente aterrorizada quando são os negros a morrer em atentados.

Transcrição (com sublinhados meus) de parte do artigo de António Santos, sobre o recente atentado na cidade americana de Charleston, que pode ser lido mo seu todo, no jornal Avante! da última quinta feira.

26
Jun15

O Montepio e a democracia participativa

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Sou sócio do Montepio, o "meu" banco. Mais uma vez foi realizada uma Assembleia Geral sem que tivesse conhecimento. Apesar da instituição ter os contactos. Até me envia periodicamente, por correio electrónico, informação pormenorizada sobre as actividades associativas, só não o faz sobre a data das AG!

Também recebo por via postal a revista do Montepio, mas aí, sobre convocatória de assembleias gerais impera o silêncio ensurdecedor. Aos protestos respondem que a convocatória foi publicada em dois jornais!

E pelos jornais se fica a saber que teve lugar uma AG que aprovou importantes alterações e outras (também importantes) decisões. E também pelos jornais se vem a saber que, em termos de influência nos órgãos do Montepio a maçons sucedem opus dei. Fica-se a ter conhecimento que o senhor António Tomás Correia, que era presidente do Montepio/Caixa Económica, passa esse poder para o senhor José Félix Morgado, e vai ocupar o outro poder, o da Associação Mutualista, blindado em sucessivas alterações estatutárias aprovadas em AG's convocadas nos moldes "democráticos" do todo-poderoso-Tomás Correia e do seu colega padre franciscano Melícias.

24
Jun15

Mostra de livros da Biblioteca Cosmos

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No Edifício Arrábida, em Setúbal,  está patente ao público uma mostra sobre a Biblioteca Cosmos

A BC, cujo director e principal impulsionador foi Bento de Jesus Caraça, constituiu uma realização ímpar no Portugal salazarista dos anos cinquenta do século XX. Num tempo em que imperava o obscurantismo e o analfabetismo endémico (cerca de cinquenta por cento da população não sabia ler), a audácia de um grupo de intelectuais progressistas configurou uma realização cujos objectivos eram fazer chegar aos trabalhadores e às camada mais desfavorecidas a edição de obras sobre as várias vertentes da cultura e da ciência, recorrendo a uma linguagem acessível sem abdicar do rigor e da profundidade. O melhor da intelectualidade de então colaborou neste empreendimento.

23
Jun15

Peroguarda: Evocação de Michel Giacometti

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No passado domingo 21 de Junho, em Peroguarda, Ferreira do Alentejo, teve lugar uma evocação do etnólogo Michel Giacometti, promovida pela Associação Conquistas da Revolução e pelo MUSP de Ferreira do Alentejo. Presentes vários dirigentes da ACR, nomeadamente o Cmdt Manuel Begonha e Modesto Navarro, e do MUSP/Ferreira do Alentejo Lurdes Hespanhol e Paulo Conde. Igualmente presente uma representante da União de Freguesias de Alfundão e Peroguarda. Momento alto da evocação não podia ter deixado de ser o Cante Alentejano - Povo que canta não morrerá disse Giacometti - representado pelos Grupos Corais etnográfico misto Alma Alentejana de Peroguarda, Os Trabalhadores de Ferreira do Alentejo e Rosas de Março (feminino) de Ferreira do Alentejo. Também a poetisa Virgínia Dias, de Peroguarda, declamou um dos seus poemas.

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22
Jun15

"A fome é o preço que os gregos pagarão para permanecerem na UE"

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O povo grego está a olhar para outro lado tal como o seu governo. A maioria dos gregos quer permanecer na UE apesar de isto significar que suas pensões, seus salários, seus serviços sociais e suas oportunidades de emprego serão reduzidas. Aparentemente, para os gregos compensa serem enterrados para fazerem parte da Europa.

Obviamente, o mundo ocidental não quer ajudar a Grécia. O Ocidente quer saquear a Grécia. O acordo é de que a Grécia obtenha novos empréstimos com os quais reembolsar empréstimos existentes em troca da venda de companhias municipais de água a investidores privados (as tarifas de água subirão para o povo grego), da venda da lotaria estatal a investidores privados (as receitas do governo cairão, tornando portanto o reembolso da dívida mais difícil) e de outras “privatizações” tais como vender as protegidas ilhas grega a promotores imobiliários.

São dois parágrafos de um artigo de Paul Craig Robertson, que pode ser lido na íntegra Aqui.

20
Jun15

Tirania e liberdade, segundo Jefferson

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Quando as pessoas temem o governo, isso é tirania. Quando o governo teme as pessoas, isso é liberdade.

 

Thomas Jefferson foi o terceiro presidente dos Estados Unidos da América, de 1801 a 1809, e um dos "pais fundadores" da nação norte-americana. Cidadão com fortes influências do Iluminismo europeu e possuidor de uma vasta cultura.

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