O admirável mundo do cérebro humano!
Não por acaso, o homem tem, através dos tempos revelado um enorme fascínio pelo cérebro humano. E interesse pelo seu estudo - génios como João Sebastião Bach, Joseph Haidn, Lorde Byron, Anatol France, Einstein e mesmo criminosos como Diogo Alves e Matos Lobo, foram alvo desse interesse. Temos o privilégio de viver o tempo da neurociência. Os conhecimentos acumulados pela comunidade científica atingiram já um patamar muito elevado - como há zonas especializadas, como o todo interage, como funcionam as conexões neuronais, como o tamanho não é condição para se ser génio. A imagiologia deu um contributo inestimável - através dela é hoje possível estudar e perceber o cérebro da pessoa viva. A descoberta da plasticidade do cérebro - a sua capacidade de reaprender funções numa outra zona, depois de um acidente - foi um passo de gigantes. A solidez dos progressos no domínio da neurociência traduzem-se indiscutivelmente num benefício incomensurável para a humanidade - um dos benefícios do progresso ciêntifico consiste em permitir-nos planear acções inteligentes que podem aliviar o sofrimento. A ciência pode ser combinada com o melhor de uma tradição humanista para permitir uma nova abordagem dos problemas humanos e levar ao florescimento da humanidade, palavras de António Damásio.