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30
Jun10

Viva o peixe - Festival Gourmet

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Este Festival Gourmet é uma iniciativa louvável. Mas peixe de Setúbal tem muito que se lhe diga! Na verdade, em consequência das políticas de direita dos sucessivos governos do PS, PSD e CDS, desde 1975, agravadas com as imposições da CEE/UE, destruíram praticamente a frota pesqueira local. Há muito que o "peixe de Setúbal" vem de fora, sobretudo de Espanha.

Podemos afirmar que a tradição já não é o que era! A sarrdinha e o carrapau, mais o xarroco, já foram...

Dominante que foi na economia de Setúbal a indústria de conservas de peixe, pura e simplesmente desapareceu. Não resta uma única unidade!

 

20
Jun10

Cavaco Silva e a morte de José Saramago

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Porque não compareceu no funeral muito alarido se tem feito. Se tivesse vindo, o alarido, provavelmente seria ainda maior. Afinal, entre os portugueses, continua evidente o culto da hipocrisia e do fingimento!

Não concordo com muito que tem sido dito e escrito sobre este assunto. Ponto um: não gosto das concepções, ideias e prática política de Cavaco Silva; Ponto dois: Admiro José Saramago; Ponto três: De tudo o que se conhece, não há dúvidas que o governa de Cavaco Silva tratou muito mal José Saramago. Este por sua vez, reagiu intempestivamente ( só não se sente quem não é filho de boa gente) e já muitos anos depois reafirmou a sua posição relativamente ao já presidente Cavaco Silva.

Face ao quadro existente, não se invoque a questão institucional - isso não passa de pressupostos pequeno-burgueses. Não se use a morte para aceitar tergiversações...

A meu ver, era preciso Cavaco Silva ser mesmo cara de pau (ainda que eu ache que ele é cara de pau) para comparecer no funeral. Tenha-se a coragem de reconhecer que,desta vez, Cavaco Silva fez o que devia fazer. Reconheça-se-lhe o mérito de respeitar a vontade inequivocamente expressa por José Saramago de nunca com ele se encontrar.

No que me toca, "doeu-me" ver o ar compungido de certos figurões no velório e no funeral de José Saramago ponto final

18
Jun10

José Saramago continuará ao nosso lado!

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"O homem não sabia que as cidades que se rodeiam de altos muros (ainda que brancos e com árvores) não se tomam sem luta. Não sabia o homem que antes da batalha pela conquista da cidade outro combate teria de travar e vencer. E que nesta primeira luta teria de lutar consigo próprio. Ninguém sabe nada de si antes da acção em que tiver de empenhar-se todo. Não conhecemos a força do mar enquanto ele não se move. Não conhecemos o amor antes do amor."

 

 

Conheci José Saramago no principio dos anos setenta do século vinte. Em Aveiro. No restaurante Zé Biça. Numa das reuniões preparatórias do último Congresso da Oposição Democrática.

O primeiro livro de J.S. que li foi Deste Mundo e do Outro, da biblioteca arcádia de bolso editado em 971. A seguir, já depois do 25 de Abril, aquele memorável fresco Levantado do Chão. E depois, depois quase todos os outros seus livros.

Um grande mestre da escrita, que continuará ao nosso lado!

13
Jun10

A filha de Álvaro Cunhal

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Não tenho o prazer de conhecer, pessoalmente, Ana Cunhal. Certamente será uma personalidade fascinante! Deu nestes últimos dias duas entrevistas, que li com muito gosto. Nessas entrevistas ressaltam indícios de um carácter respeitável, que me suscitaram uma imensa simpatia.

11
Jun10

Golfinhos do Sado

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Segundo o jornal Setubalense, de hoje, foi avistado junto da mãe, um golfinho  recem-nascido. Este novo membro da comunidade de Roazes do Estuário do Sado é, segundo o jornal, o primeiro a nascer desde 2007.

Tarda a entrada em vigor, ou melhor, a aplicação do Plano de Acção para a Salvaguarda e monitorização da População de Roazes do Estuário do Sado, publicado em Diário da Republica em Outubro de 2009.

 

 

(fotos publicados no jornal Setubalense)

10
Jun10

"Desgraça"

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"... Ele espera que ela continue, mas ela não o faz. - De qualquer forma - diz ela - voltando ao assunto de há pouco, foste escorraçado para um local seguro. Os teus colegas podem respirar fundo, enquanto o bode expiatório vagueia pela natureza. Uma afirmação? Uma pergunta? Acreditará Lucy que ele não passa de um bode expiatório? - Eu acho que bode expiatório não será melhor descrição - diz, prudentemente - os bodes expiatórios resultaram na prática enquanto a ideia ainda era apropriada ao poder religioso. Atiravam-se os pecados da cidade para cima das costa do bode, que era expulso, e a cidade ficava purificada. Resultava porque toda a gente sabia que interpretação fazer do ritual, incluindo os deuses. Depois os deuses morreram e, de repente, tornou-se necessário purificar a cidade sem a ajuda divina. Tornaram-se necessárias acções reais em vez do simbolismo. Criou-se o censor, na acepção romana da palavra. A vigilância era a divisa: a vigilância de todos sobre todos. A purificação foi substituída pela purga."

 

J.M.Coetzee

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