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Estar só não é, obrigatoriamente, sinónimo de solidão. Pode estar-se só, prolongadamente, por opção pessoal. Por exemplo. para mim, estar só em determinadas ocasiões, equivale a momentos de bem estar absoluto. E, devo acrescentar que escolho com muita frequência estar só, caminhar só. É um facto que a solidão, só o é de facto se sente necessidade de companhia e tal não é, de todo, possível. Então pode afirmar-se que a solidão é tramada. Sobretudo em momentos que uma pessoa sente a necessidade de um ombro amigo, para um desabafo. Depois há a solidão em ocasiões que, paradoxalmente, se está rodeado de pessoas, às vezes entre uma multidão. Do meu ponto de vista, não há solidão como esta. É terrível!
Um amigo meu já por várias ocasiões desabafou sobre a sua solidão. Contudo, gosta muito de fazer referência aos cerca de 1.200 amigos que tem na sua página do facebook. Costuma até aconselhar-me a criar uma página nessa rede social. A resposta que tem obtido é: Não quero criar página nenhuma.
Aquele meu amigo há muito que vive sozinho. Em boa verdade, vivia com o John há 11 anos. Era o seu companheiro! Mas começou a aperceber-se que o John não ia viver muito mais tempo.
E, o meu amigo tratou de procurar outro companheiro. O escolhido foi o Miró. E o John morreu poucos dias depois.
Quando confrontei o Zé com o risco de, em consequência da sua idade, o pior lhe acontecer, e o Miró ficar numa situação embaraçosa, respondeu-me: não fazes ideia do que é viver só. Esta resposta desarmou-me. Reconheço a decisão acertada tomada pelo meu amigo Zé. Contudo, lembrei-me dos 1.200 "amigos", que afinal, de nada servem...
O Miró é encantador e, os dois são verdadeiros amigos.
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