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Sou pensionista, durante toda a vida descontei, nunca aceitei empregos com ordenados por fora e só pedi a reforma já tinha passado a data em que me podia reformar. Agora sou tratado como um inútil, um parasita do país, um fardo pesado para a geração mais nova a quem paguei as escolas, a modernização do país, as estradas e os hospitais. Agora consideram que não tenho qualquer direito à pensão e por isso cortam nela sempre que precisam de dinheiro para o BPN ou para financiar os colégios privados.
(recebido por correio electrónico. Uma afirmação que se aplica integralmente à minha pessoa)
"Os meus irmãos trabalhavam. Só faltava eu*. Na fábrica havia alguma influência do Partido. Tinha um mestre que dizia: não percebo nada de política. Não sei o que é o comunismo. Mas se os capitalistas não gostam do comunismo, o comunismo é capaz de ser bom para a gente.
*Começou a trabalhar na fábrica aos 11 anos.
"Tenho o dever de dar o meu testemunho. Se não dissermos o que se passou, esta juventude, especialmente a juventude, não sabe nada. Hoje há uma tendência para o branqueamento. Do que se passou, do que foi o fascismo."
Conceição Matos
Poearma
Que o poema tenha rodas motores alavancas
que seja máquina espectáculo cinema.
Que diga à estátua: sai do caminho que atravancas.
Que seja um autocarro em forma de poema.
Que o poema cante no cimo das chaminés
que se levante e faça o pino em cada praça
que diga quem eu sou e quem tu és
que não seja só mais um que passa.
Que o poema esprema a gema do seu tema
e seja apenas um teorema com dois braços.
Que o poema invente um novo estratagema
para escapar a quem lhe segue os passos.
Que o poema corra salte pule
que seja pulga e faça cócegas ao burguês
que o poema se vista subversivo de ganga azul
e vá explicar numa parede alguns porquês
Que o poema se meta nos anúncios das cidades
que seja seta sinalização radar
que o poema cante em todas as idades
(que lindo!) no presente e no futuro o verbo amar.
Que o poema seja microfone e fale
uma noite destas de repente às três e tal
para que a lua estoire e o sono estale
e a gente acorde finalmente em Portugal.
Que o poema seja encontro onde era despedida.
Que participe. Comunique.E destrua
para sempre a distância entre a arte e a via.
Que salte do papel para a página da rua.
Que seja experimentado muito mais que experimental
que tenha ideias sim mas também pernas.
E até se partir uma não faz mal:
antes de muletas que de asas eternas.
Que o poema assalte esta desordem ordenada
que chegue ao banco e grite: abaixo a pança!
Que faça ginástica militar aplicada
e não vá como vão todos para França.
Que o poema fique. E que ficando se aplique
a não criar barriga a não usar chinelos.
Que o poema seja um novo Infante Henrique
voltado para dentro e sem castelos.
Que o poema vista de domingo cada dia
e atire foguetes para dentro do quotidiano.
Que o poema vista a prosa de poesia
ao menos uma vez em cada ano.
Que o poema faça um poeta de cada
funcionário já farto de funcionar.
Ah que de novo acorde no lusíada
a saudade do novo o desejo de achar.
Que o poema dia o que é preciso
que chegue disfarçado ao pé de ti
e aponte a terra que tu pisas e eu piso.
E que o poema diga: o longe é aqui.
Conforme foi divulgado neste espaço, realizou-se no passado sábado, 05 de Abril, em Grândola o convívio anual dos elementos que pertenceram ao Batalhão de Caçadores 1912, que esteve na Guiné em 1967/1969. Do evento, por aselhice do fotografo não ficou registado em imagem o conjunto dos presentes. Foi por iniciativa de um amador que os elementos da CCS posaram para a fotografia, e mesmo assim, por outra aselhice, não foi notada a falta do Lourenço José Pincel... Então, publico a foto de grupo e uma outra foto em que está o Lourenço.
Uma nota final: segundo os organizadores, em 2015 o pessoal voltará a encontrar-se na Póvoa de Santa Iria.
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