As Raposas, de Lillian Hellman. Uma produção do Teatro Aberto. Fui ver hoje à tarde. É interessante assistir a um espectáculo, com uma sala cheia de público. Sempre esse facto me interessou. Fico desolado quando estou numa sala com "meia dúzia de gatos" a assistir.. Seja Teatro, seja Cinema, seja Música. Isso incomoda-me. E a sala cheia é, seguramente, reconfortante para os actores, para os técnicos, para o encenador. Para todos os obreiros de uma realização artística.
As Raposas (peça de 1939 com tensão e humor subtil em perfeito equilíbrio), para além de uma trama bem urdida pela autora e perfeitamente adaptada para o nosso tempo, conta com interpretações competentes. Cada interveniente em palco mostra desenvoltura, quer nos movimentos quer nas falas, com momentos altos de representação. Uma cenografia bela, de um vermelho e de um negro espantosos, em que que a paisagem verde e a chuva, no exterior, sublinham a dominante vermelho negro.
Foi uma récita magnífica. Parabéns Teatro Aberto.