...
O mítico Festival de Cinema de Cannes na sua 69ª. edição voltou a afirmar-se com todo o seu prestígio. Chegado ontem ao fim, a par dos filmes apresentados, há que destacar tomadas de posição assumidas no decorrer do certame, ligando-o também dessa forma, ao mundo em que vivemos, de grosseiros atropelos à democracia, de discriminações de todo o tipo, de fome, de guerra um pouco por todo o lado, seja à bomba, seja nas novas formas agora muito em voga. Atitudes fortemente politizadas, são de assinalar as protagonizadas por artistas e técnicos brasileiros em pleno tapete vermelho e por Ken Loach, ("o mundo perigoso em que vivemos, a necessidade de o cinema protestar contra o neoliberalismo crescente que tem feito definhar a Europa, a Grécia, Portugal, porque outro mundo é possível, outro mundo é necessário") o celebrado realizador britânico premiado pelo seu filme "I, Daniel Blake". Filme que conta a história dum operário marceneiro que, depois de - e mais não digo, porque o melhor mesmo é ver o filme logo que surgir a oportunidade.