"O nível de uma sociedade é medido com base no quanto esta é capaz de cuidar das pessoas mais frágeis, os idosos, as crianças, os doentes."

Andrea Bettinelli, enfermeiro italiano

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

O 25 de Abril sobrepõe-se a todas as imbecilidades!

Não há vírus, não há pandemias que apaguem o 25 de Abril!

25 de Abril Sempre!

Paganini, Jerôme Ducros e Gautier Capuçam.

Como bom provinciano, pacóvio, não deixou escapar a oportunidade de ser notícia e vai daí, cumprimentou o enfermeiro Luís! Porquê? Porque o enfermeiro Luís assistiu um doente de covid-19 chamado Boris Johnson.

Agora, só falta a condecoração no próximo 10 de Junho!

"Em nenhuma sociedadea há uma doença que tenha distribuição simétrica, a qual é função do estatuto social de cada um. Isso é uma visão romântica do fenómeno. Ao princípio ainda houve quem defendesse que esta pandemia era simétrica, querendo com isso dizer que tocava a todos, que não havia ninguém que não estivesse exposto ao contágio, excepto uns quantos, como acontece sempre que se trata deste tipo de fenómenos. Era uma espécie de doença democrática, mas daquelas democracias a sério. Teoricamente seria assim, na prática não é. E não é porque uns sabem defender-se melhor do que outros; não é porque uns reconhecem melhor os sintomas do que outros; não é porque uns têm maior carga de doença do que outros; não é porque, em consequência, uns são despedidos e outros não; não é porque uns estão em isolamento em T1 e outros em T4; não é porque uns estão a recuperar com vista para o pinhal e outros com vista para o alçado de um prédio; não é porque uns já têm de ir ao porquinho tirar-lhe uns trocos e outros nem pensam no assunto; não é porque uns viram pela última vez um posto de trabalho e outros foram quem eliminou esse posto de trabalho; estaria para aqui a enumerar o quanto desigual são uns de outros nesta situação, mas acho que deu para perceber quão enorme é a mistificação sobre o discurso da igualdade em tempos covid19. Porque se há fenómeno que além de incerto e desconhecido gera desigualdades inimagináveis, é este."

Este é um texto de Cipriano Justo, com o qual concordo.